SANTOS, J. L. L. Considerações sobre a Sala de Concerto na Atualidade. Revista Música Hodie, Goiânia, V.13 – n.1, 2013
Ano passado publiquei num períodico de música (revista Hodie) que tenta discutir, a partir de uma crítica ao anacronismo da sala de concerto na atualidade, pondo-a em perspectiva histórica, por quê a música clássica se tornou socialmente “marginal”, alienada, enfim, fora da vida cotidiana contemporânea.
Acredito que esse assunto deveria ser discutido seriamente e de maneira desapegada, pra se começar a entender por que essa atividade (a música clássica ou de concerto) não faz a menor diferença pra maioria das pessoas (para além de outras questões como a lógica da indústria cultural que remodelou o ouvinte ao longo do século XX).
“A resposta está parcialmente no fato de que, ao longo do século XX, os artistas de concerto e organizações aos poucos assumiram um papel predominante, se não ex-clusivo, de guardiões do passado […] O século XX, deste ponto de vista, testemunhoua morte da música clássica como uma forma cultural contemporânea ativa, e seurenascimento como um (espécie de) “abastecimento museológico” para um público restrito.” Botstein
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